A PEDRA
A PEDRA
És pedra... tu és sem sentido!
Obrigada a ficar imóvel ao abismo!
Outro dia tropecei na tua vulgar consequência,
Mas, tu permaneceu imóvel no teu leito vulgar!
Uma criatura nasceu, ao teu lado outro dia
E perguntou: deixaste de lado o grande amor
Para solitária se compadecer durante os séculos?
De onde vem tua fonte odiosa de mistério
Que fica permanentemente adormecida?
Meditei e te fitei com meu olhar durante horas,
Buscando sobre ti uma resposta?!
De qual indiferença fatal, porque me culpa?
Se do prazer fatal sempre me ignora?