Versos de uma velha história
Devora-me.
Porque não lhe devorei.
Amo-te,
Com o punhal com que me cortei.
Asseguro-te,
Jamais me amei.
Faz-se necessário seguir,
Cavalgar num lido devir,
Mas se cavalgo, cavalgo para ti,
Se choro, tu quem vais refletir.
A força sempre foi só uma promessa,
Faltou-nos a circunstância, o afeto.
Sobrou-te a insegurança, e eu desapreço.
O sexo, todos iguais, confesso...
O céu de fato turva,
Mas temos que passar da curva,
Não mais tomarei esse escuro licor,
Foragido nas paragens da dor.