Versos de uma velha história

Devora-me.

Porque não lhe devorei.

Amo-te,

Com o punhal com que me cortei.

Asseguro-te,

Jamais me amei.

Faz-se necessário seguir,

Cavalgar num lido devir,

Mas se cavalgo, cavalgo para ti,

Se choro, tu quem vais refletir.

A força sempre foi só uma promessa,

Faltou-nos a circunstância, o afeto.

Sobrou-te a insegurança, e eu desapreço.

O sexo, todos iguais, confesso...

O céu de fato turva,

Mas temos que passar da curva,

Não mais tomarei esse escuro licor,

Foragido nas paragens da dor.

Itinga
Enviado por Itinga em 31/08/2014
Reeditado em 09/12/2017
Código do texto: T4944557
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