a chuva
a chuva não é como a água
que a sede combate e destrói,
às vezes, prenúncio de mágoa,
parece um mal que corrói.
com o seu barulho contínuo
que nos entristece o jasmim,
às vezes nos trás desatino
e a melancolia sem fim.
ao se anunciarem os trovões
pra logo caírem as borrascas,
o medo invade o coração.
e as águas pesadas descendo,
de cinza as tardes fazendo,
preenchem-nos de solidão...