Talvez essa lua não conheça os eclipses.
Talvez esse sol não conheça as explosões.
Talvez,
mas há sempre o perigo iminente,
mas há sempre a expectativa
a nos espreitar nas curvas do tempo
Há sempre um talvez.
A certeza da dúvida.
Da perenidade decadente.
O assoreamento da razão
A reflexão é uma porta que não se fecha.
Não há trancas, nem trincos e nem chave.
O segredo está descrito no tapete
das vaidades.
E, quanto a mim.
Eu tropeço.
Caio, levanto-me...
Miro a próxima passada.
Talvez se chore por uma ninharia.
Talvez se agonize por uma tragédia.
Há sempre uma ninharia numa tragédia.
Há o vício de querer ganhar.
De querer ter as rédeas
da carruagem dos sonhos.
Mas acordar é preciso.
Despir-se é preciso.
Abandonar as botas.
Eclipsar-se.
Retirar os panos,
abrir os flancos
e sucumbir.
Com a mesma honra de quem
é vencedor.
Há um vazio nesse consumo
de coisas, de dias e de
afetos.
Há um abismo entre os sujeitos,
E uma intimidade entre os objetos
Há encaixes e senhas.
Há magias explícitas em viver
impunemente
Em pecar contra a humanidade
e latir, bramar...
se indignar...
Revoltar-se em convulsões cíclicas.
Subverter toda a ordem reinante.
Os status consagrados do Olimpo.
Os poderes massacrantes dos
que governam
e sintomaticamente estão aonde
querem estar.
Acima de cabeças e egos.
Acima de julgamentos e versos.
Acima do eclipse ou
do ocaso.
O poder só não conhece o talvez.
A imprecisão aritmética
que roda a roleta da existência.
Talvez esse sol não conheça as explosões.
Talvez,
mas há sempre o perigo iminente,
mas há sempre a expectativa
a nos espreitar nas curvas do tempo
Há sempre um talvez.
A certeza da dúvida.
Da perenidade decadente.
O assoreamento da razão
A reflexão é uma porta que não se fecha.
Não há trancas, nem trincos e nem chave.
O segredo está descrito no tapete
das vaidades.
E, quanto a mim.
Eu tropeço.
Caio, levanto-me...
Miro a próxima passada.
Talvez se chore por uma ninharia.
Talvez se agonize por uma tragédia.
Há sempre uma ninharia numa tragédia.
Há o vício de querer ganhar.
De querer ter as rédeas
da carruagem dos sonhos.
Mas acordar é preciso.
Despir-se é preciso.
Abandonar as botas.
Eclipsar-se.
Retirar os panos,
abrir os flancos
e sucumbir.
Com a mesma honra de quem
é vencedor.
Há um vazio nesse consumo
de coisas, de dias e de
afetos.
Há um abismo entre os sujeitos,
E uma intimidade entre os objetos
Há encaixes e senhas.
Há magias explícitas em viver
impunemente
Em pecar contra a humanidade
e latir, bramar...
se indignar...
Revoltar-se em convulsões cíclicas.
Subverter toda a ordem reinante.
Os status consagrados do Olimpo.
Os poderes massacrantes dos
que governam
e sintomaticamente estão aonde
querem estar.
Acima de cabeças e egos.
Acima de julgamentos e versos.
Acima do eclipse ou
do ocaso.
O poder só não conhece o talvez.
A imprecisão aritmética
que roda a roleta da existência.