Ermo

Cubro-me com a friagem noturna

Neste sentimento nulo e insensato

Quero gritar ao mundo minha tristeza profunda

Quero fugir do silêncio, do abstrato

Afasta-te de mim silêncio nefasto

Deixa-me respirar a alegria

E não mais o amor ingrato

Que com êxito torna-se elegia

Não posso suportar esse silêncio

Ele queima-me as veias

Parece um oceano intenso

Pior que cântico da sereia

Que destino tão sórdido e fúnebre

Que imensidão de turba tristeza

Quem é esse sentimento, essa febre?

Que mata o amor, que deixa incerteza?

Fabiano Fernando
Enviado por Fabiano Fernando em 23/08/2014
Código do texto: T4933964
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