Solidão acompanhada
Hoje é um daqueles dias
que a solidão bate a minha porta.
Sem pedir licença ela entra
devasta, destrói;
quão cruel tu és!
Por acaso não sabes
quanta dor tu causas?
Não ouço resposta.
Apenas aquele silêncio
ensurdecedor,
que atormenta, que mata...
De repente olho
tão grande a minha surpresa,
eis que a solidão
quer fazer-me companhia.
Senta-se no sofá
ao meu lado
e olha que ironia:
pela solidão acompanhado!