DESPETALANDO


Não é a primeira vez que a linda rosa
Murcha despetalando perdendo sua cor.
Essa rosa transparecia a luz dos olhos,
Com brilho incandescente no falar quase cantador.

Talvez a saudade seja responsável pelo sorriso
Amarelo tomando conta do despetalar sem cor.
A voz sumida indiferente por onde anda sem algo.
Despetalando como se fosse o fim de tudo, quer viver.

Tantos sonhos perdem a ilusão cativante constante.
Quando se analisa aparece lugar grande e vazio.
Interrogatório íntimo no faz de conta perturba.
São imagens sumidas pelas faltas acontecidas.

Nas manhãs tenta reagir, mas o resto do dia é só.
Nesse despetalar se maltratado, é masoquismo.
Não entendem seu despetalar por alegria valorosa,
Que, contagiava em qualquer lugar no seu dia,
Mostrando falar até pelos poros, olhos, mãos, atos.
Salve bela rosa! Mesmo despetalando no íntimo é flor.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 20/08/2014
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