Sombras

Refletir o lado escuro da vida

Levando deformadas construções

Antigos e percebidos costumes

Relevando silenciadas opressões

Segurança, enigma do saber

A luz que alimenta a existência

Entender o quão grande pudera ser

A mancha pisada, sem perceber

Realçada e intimamente vista

O reflexo da escuridão transcende

Palavras não ditas e imprevistas

Manchando o brilho que se estende

Soar o lado que demonstra reação

As faces interagem na formação

Indelicado instante em plenitude

Trazendo cicatrizes à perfeição

Um digno e singelo corpo

Vivendo da luz para existir

São sombras do antigo morto

Que viveu sombrio, sem se ferir

O refúgio que me aprisiona revelação

A verdade mergulhada no breu que amedronta

São partes escuras e tingidas de solidão

Que se desfazem, ao ingressar num mundo perdido

Num eterno presídio, construído de sombras ...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 12/08/2014
Reeditado em 12/08/2014
Código do texto: T4919223
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