Sombras
Refletir o lado escuro da vida
Levando deformadas construções
Antigos e percebidos costumes
Relevando silenciadas opressões
Segurança, enigma do saber
A luz que alimenta a existência
Entender o quão grande pudera ser
A mancha pisada, sem perceber
Realçada e intimamente vista
O reflexo da escuridão transcende
Palavras não ditas e imprevistas
Manchando o brilho que se estende
Soar o lado que demonstra reação
As faces interagem na formação
Indelicado instante em plenitude
Trazendo cicatrizes à perfeição
Um digno e singelo corpo
Vivendo da luz para existir
São sombras do antigo morto
Que viveu sombrio, sem se ferir
O refúgio que me aprisiona revelação
A verdade mergulhada no breu que amedronta
São partes escuras e tingidas de solidão
Que se desfazem, ao ingressar num mundo perdido
Num eterno presídio, construído de sombras ...