Madrugada
Ah madrugada! Tu vem chegando,
Vem de manchinha sorrateira.
Nem sequer me avisa,
Tu chega nostálgica sem ruído nenhum.
Me domina pelo silencio das estrelas,
No aconchego do pesado sono.
Aprisionando-me na solidão da fria cama,
Me lançando no vácuo das minhas carências.
Ah madrugada fria silenciosa,
Tu esconde nos seus braços as minhas solidão.
Faz-me tão pequenino,
Diante dos brilhos de todas as estrelas.
Noites inquietantes nos meus pensamentos,
Que as lágrimas banham-me caladas.
Admiro nesta minha angustia de querer-te,
Por toda essa minha madrugada.
Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.