Ausência

Enfim na distância

Contemplamo-nos nós...

Minhas blusas

Tuas gravatas

Nossa roupa de dormir.

Tu, submerso em fragmentos do azul

Te calas tão presente

E tão perdido nas coisas minhas.

Eu dilaceradas manhãs

Perco-me nas coisas gratas

Do nosso espaço sem excesso.

Nossos versos são brancos

E sem rimas

Vertiginosamente afogados

Em nossas marés

Ausentes de nós.