Primavera
Por Carlos Sena
De repente fez-se o canto.
E no canto da sala o violão mudo resvala.
Meus dedos já não afagam suas cordas,
E minha voz sem borda
em consentimentos cala.
De repente calar não é consentir.
Porque sem-ti
meu canto parece desafinar
meu dó fica maior no solfejar
desde o dia que a vi partir.
De repente um novo canto consola,
um novo acorde sacode o violão inerte
enquanto um sol maior refrigera a alma.
A sala,
eivada de novos tons silencia... E cada canto dela
saúda um novo tempo
como se a vida fosse uma permanente primavera.
Recife, 5 de agosto de 2013.
Por Carlos Sena
De repente fez-se o canto.
E no canto da sala o violão mudo resvala.
Meus dedos já não afagam suas cordas,
E minha voz sem borda
em consentimentos cala.
De repente calar não é consentir.
Porque sem-ti
meu canto parece desafinar
meu dó fica maior no solfejar
desde o dia que a vi partir.
De repente um novo canto consola,
um novo acorde sacode o violão inerte
enquanto um sol maior refrigera a alma.
A sala,
eivada de novos tons silencia... E cada canto dela
saúda um novo tempo
como se a vida fosse uma permanente primavera.
Recife, 5 de agosto de 2013.