A PRESENÇA DO LAGARTO
Ao passo que larga faço mau gosto!
O cheiro noturno estremece uma vida
De avelã ou mate arrebatado.
O silêncio toma minha noite inteira...
Sozinho ando!
Na parede, à espreita, uma lagartixa.
Dei-me o sinal positivo de sua existência
E o lagarto expõe sua autoridade:
“Não há vida em pedaços,
Vidas ou perfumes que ondulam...
Quero apenas a infância inteira!
Esquecer os preconceitos e os cigarros!
Amarrar os sapatos e correr pela lama
Da indecisão de uma observação adormecida!"