Teatro de Si
Faço da vida um ensaio
de cortinas abertas
num teatro de mim mesmo
no palco existencial
contando nos dedos
os lapsos de alegria
disfarçando toda a tristeza
longe do paraiso
onde todo ateu almeja
a escencia da não vida
Faço de mim mesmo
varios eu
o do sorriso disfarçado
aquele ativo e cômico
o intelectual anônimo
a criança que tem esperança
aquele que ainda tem sonho
Faço de mim mesmo
a suas vontades
a do cão e das pedras
dos ventos e da rosa
da lua e de marte