Estróina

Há vida atrás das grades

Uma mãe que chora

Um filho que implora

Pela droga

Há vida na favela

A casa que não se tem

A comida que faz bem

Há esperança na doença

A dor de que não vê

A cor do breu que jazeu

O odor da desesperança

Há saber na escola

A criança que alcança

A felicidade na sua ignorância

Há alegria na pinga

O homem que se incha

No líquido que destila

O corpo que pede

A delícia, a vida que engole

Há quem diga:

Agora, chegou a hora

Vamos todos embora

Para um mundo melhor

Chega de dor e desamor

Para encontrar, quem sabe

O meu outro na noite cárcere.

Robson Gomes Barbosa
Enviado por Robson Gomes Barbosa em 29/07/2014
Reeditado em 29/07/2014
Código do texto: T4901223
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.