Sem Sentido

A passagem oculta das palavras vãs

Que ao sussurrar da noite se esquecem

Onde não paira vento, e o frio bate em vidraças

Doem corpos enfim dormentes

Cobertos em brancos lençóis

Comportados

E com cheiro de saliva.

O sonho se foi!

Erguem-se prédios, ruas, passa gente, passa o tempo, passa...

E sem sentido se vai.

Pelo caminho, troncos de árvores nuas

Gargalham o jogo vencido.

E se contorcem sensuais.