Tarde Fria de Inverno

Nevando, acariciando o terno frio

Tornando branca a natureza pela janela

A lenha em chamas aquecia o sombrio

Casebre antigo, soando sino na capela

Tarde eterna em imensidão do pensar

Animais no campo se recolhiam no palmar

Apreciar união fraterna e aquecida

Unida, elevando gotas frias pelo ar

Serena manhã de um inverno intenso

O fogo cessa sem mais poder esquentar

Uma alma fria e coberta de sofrimento

Levando fome de alegria, presa a congelar

Passados dias, a neve cessa por um momento

O velho casebre abre as portas para verificar

Gotas congeladas, derretendo aroma e sentimento

Renovando o brilho sereno, um beijo solar

Dispersos numa luz que alimenta a alma

O toque frio retorna em instantes, sem demora

Devora o calor que se tornava presente, chora

Criança de natureza pura, presa na memória

A tarde chega abraçando a neve decorrente

O sino da igreja não soa mais emoção

Estava frio, toque perdido arduamente

E sem demora, levando sequelas à solidão

A estação permanece eterna e desigual

Cabana antiga emerge aflição e terno

Cemitério congelado, refúgio terminal

Interminável dor, desespero fraterno

Era apenas um sofredor, preso numa tarde de inverno...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 10/07/2014
Código do texto: T4876811
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