Refém do Medo
Chuviscos fortes na janela
Sofre feito uma donzela
Não se protege do frio
Sente sua alma refém do vazio
O medo impera seus neurônios
Já está farto, está fanho
Desistir nunca
Bravura sempre
Vítima de sua solidão
Corre da lua feito cão
Fica com a vista turva e sem noção
Parece o fim de sua explosão
Vertebrado machucado
Loucura e falência indesejada
Vive fraco e preso
Um fiel refém do medo