MADRUGADA DE INVERNO
É noite de frio intenso
Vago pela rua em busca de um olhar na escuridão
O andar vagaroso longínquo solitário de onde se quer chegar
Vejo a neblina cobrir o gramado lentamente
Tampando o pára-brisa dos carros
Pelas ruas vazias acompanhada por um cão
Que encontra em minha solidão uma companhia
Sento-me na calçada molhada
Arranho no violão um som
Melancolicamente triste
Como quem o toca, e acompanha o frio.
No olhar lagrimas não existem mais, secaram apenas.
Um nó na garganta impediram-me de cantar.
A madrugada entra fria e só,
Eu! só e fria, abandonada na calçada
Em frente a catedral da fé .
Adormeço embriagada por um vinho barato
Logo adormeço , adormeço, adormeço...