MARUJO

Marujo que baixa a vela,

quando não há vento algum.

Presente passa na janela,

na cama, vive em jejum.

Sem cais para aportar,

não tem partida ou chegada.

Seu grande parceiro é o mar,

consolo na madrugada.

Passado está engasgado,

só lembra do quanto se deu.

No amor foi posto de lado,

este marujo sou eu.

Poeta Télio
Enviado por Poeta Télio em 30/06/2014
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