DOR REAL
Parado na estação
espero a volta do trem,
que levou meu coração
escondido na mala de alguém.
Queria te-la de novo,
no seu corpo estar.
Sozinho no meio do povo,
no horizonte o olhar.
Na curva ecoa um apito,
sinto um aperto em mim.
Abafo, no peito, um grito,
espera que está no fim.
Você não veio, chorei,
me senti muito mal.
Sem forças quaisquer desabei,
minha dor é real.