Vazio das coisas

Foi como me vi,
Insólito fruto,
Proscrito de si
O vazio das coisas,
A negação do existir
A ausência do tempo
Ânsia sem sopro de vento
Por isso...
Solidão!
Solidão!
Astro sem própria órbita,
Dor mórbida,
De deuses ancestrais, que ressuscitam umbrais
Ritos repetidos interpretando a dor,
Eu me vi então...
Negação que perdurou negando,
Impaciência das ruínas que se fez
Vontade insana,
Que se opôs ao movimento
Pó inerte arguindo verdade
E agora solidão...
Beija-me sombrio,
Apenas o vazio...
Das coisas já sem vida.


Cesar Sema Pensamento
Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 25/06/2014
Reeditado em 27/04/2016
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