" INSÔNIA "

Mais uma noite chega

E com ela a imensidão

Do vazio;

Depois de um dia conturbado e cheio

Encontro-me em um mundo delirante

Sem sentido;

As horas se arrastam pelos

Ponteiros longos

De um relógio velho;

A cada TIC TAC um atormento

Um mistério;

Após um banho quente

Uma refeição adorável

Tudo parecia perfeito!

No leito velo o sono

Do único herdeiro.

As horas não passam

TIC TAC TIC TAC TIC TAC.

Os lençóis escoam

Da cama em um vai e vem conturbado

Fecho os olhos, o sono não vem,

Desperta então, mais uma vez a insônia.

Quanto tempo ela não vem... !!!

Decerto o sexto sentido

Preocupa-nos, ocupa-nos e culpa-nos

Lentamente o corpo cansado.

Se levanta busca por um copo d’água

Em refugio na varanda,

O vento frio dia & noite

24 de junho inverno

Triste, nublado e sonolento.

Descubro uma imensidão de nada

Dentro do peito;

A tua falta me congela

Por dentro.

A ânsia de sair por ai

Nessa noite fria é contida!.

Mas as lagrimas que caem sobre a terra

Essa é totalmente absorvida.

Havia prometido não mais chorar,

Contudo lembrei que as lagrimas

Purificam o olhar.

Queria dizer adeus.

Mas quero que fique!

A tortura das horas

Desejo tudo e muito mais .

Debruço sobre os joelhos

Olho para o nada

Imaginando um espelho

Quero ver-me! Não me vendo!!

Quero refletir um pouco mais

Até breve

Até outro momento.

Renata Braga
Enviado por Renata Braga em 25/06/2014
Código do texto: T4858048
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