Pelo chão
O vento nostálgico ainda sussurra nossa canção
As ondas e marés param em total prostração
As estrelas saudosas negam sua luminosa aparição
A lua solitária se apaga em completa negação.
No meu mundo morre o sim e impera o não
Até a natureza se revolta ante a nossa separação
A vida pensa seriamente em abortar sua missão
Sem a sua presença não há qualquer motivação.
Vago pelas estradas como um louco sem razão
Declamo declarações sem destino, em vão
Recuso-me a crer que tudo não passou de uma ilusão
Sinto-me areia da ampulheta escorrendo e morrendo pelo chão.