CAIS
(Ps/251)


Na tarde morrente descansam os navios
O silêncio perscruta em ânsia a saudade
Vilarejo acolhe o cansaço das monções
O céu safira cintila encantando legiões.

O mar solitário acalma velas e mastros
Na noite que consola o marujo nos ais
Canção do vento afugenta o medo
Vida em que cala seus muitos segredos.

O porto abriga os andantes proscritos
Na taberna corpos em amostra magia
Em taças ã sombra, da pouca alegria
Em cansaço e delírios finalizam o dia.

O cais adormece junto ao odor do mar
Os navios repousam nas soturnas vagas
Os pássaros da noite espiam sorrateiros
O porto, ouve silêncio, aglutina emoções.

 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 17/06/2014
Reeditado em 16/11/2017
Código do texto: T4848256
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