NOSTALGIA

Linda e agradável noite de céu estrelado,...

Sinto a suavidade do sereno em minha pele,

Sentado em meio ao jardim de minha casa,

Vejo o orvalho molhar as plantas

E cair no chão, em gotas,

E o aroma das flores inundar o ar!

A lua no céu, tão branquinha, tão grande,

Tão perto da Terra, dá uma vontade de ir pegá-la!

Mas, sei: ela fugirá de mim e não me deixará tocá-la!

Qual acontece entre mim e minha amada:

A distância entre nós dois parece não ser tão grande,

Mas, se tento me aproximar, nunca consigo alcançá-la!

Esse pensamento trás uma rajada de vento frio,...

O tempo começa a mudar: nuvem escura encobre a lua,

E uma matéria negra cai sobre meu jardim,

Já não vejo flores,... nada; para dentro de casa me guio;

Um toque na tomada, faz-se luz: só não dentro de mim!

Olho para minha cama, o lençol todo enrugado,

Nele ainda tem seu cheiro da última noite,

Quando nos amamos até a madrugada!

Preciso de uma xícara de café. Gosto muito de café!

Na cozinha, faço meu próprio café; tomo-o, quente!

Lembro-me da música: café e música mantêm-me “de pé”!

Preciso escrever algo para espantar essa nostalgia

Que quer tomar conta de minha alma; não estou carente,

Nem sofro, apenas, no momento, não sinto alegria!

Frente ao computador, mil janelas abrem-se para o Mundo,

E, na janela branca do Word, o cursor pulsa como meu coração!

Roxette: “It must have been Love, but it’s over now”.

Sim: deve ter sido amor, mas acabou agora!

Eis que nasce um poema, e meu corpo cansado pede: cama!

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 13/06/2014
Código do texto: T4843214
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