NOSTALGIA
Linda e agradável noite de céu estrelado,...
Sinto a suavidade do sereno em minha pele,
Sentado em meio ao jardim de minha casa,
Vejo o orvalho molhar as plantas
E cair no chão, em gotas,
E o aroma das flores inundar o ar!
A lua no céu, tão branquinha, tão grande,
Tão perto da Terra, dá uma vontade de ir pegá-la!
Mas, sei: ela fugirá de mim e não me deixará tocá-la!
Qual acontece entre mim e minha amada:
A distância entre nós dois parece não ser tão grande,
Mas, se tento me aproximar, nunca consigo alcançá-la!
Esse pensamento trás uma rajada de vento frio,...
O tempo começa a mudar: nuvem escura encobre a lua,
E uma matéria negra cai sobre meu jardim,
Já não vejo flores,... nada; para dentro de casa me guio;
Um toque na tomada, faz-se luz: só não dentro de mim!
Olho para minha cama, o lençol todo enrugado,
Nele ainda tem seu cheiro da última noite,
Quando nos amamos até a madrugada!
Preciso de uma xícara de café. Gosto muito de café!
Na cozinha, faço meu próprio café; tomo-o, quente!
Lembro-me da música: café e música mantêm-me “de pé”!
Preciso escrever algo para espantar essa nostalgia
Que quer tomar conta de minha alma; não estou carente,
Nem sofro, apenas, no momento, não sinto alegria!
Frente ao computador, mil janelas abrem-se para o Mundo,
E, na janela branca do Word, o cursor pulsa como meu coração!
Roxette: “It must have been Love, but it’s over now”.
Sim: deve ter sido amor, mas acabou agora!
Eis que nasce um poema, e meu corpo cansado pede: cama!