Labirinto

Por tempos andei me perdendo

Procurando uma saída ou entrada.

Muitos caminhos percorri

Outros não adentrei

Tantas vezes me perdi

Nenhuma saída encontrei.

O relógio não parava

As passagens se fechavam

As esperanças sufocadas, ali ficavam

Em meio ao nada.

Aos poucos, fui caindo

Vencida pelo cansaço

De tentar

E, consecutivamente, falhar.

O vácuo então respondia ao meu grito

Ecoava ... chamava ...

E, já desvozeada, restava-me o silêncio

Aquele que não se vê

Não fala

Não ouve.

Com quem aprendi a conviver!

O invisível figurava-se

Falava quando as palavras se esgotavam

Ouvia quando o barulho se calava.

A saída jamais encontrei

Mas, sozinha não mais fiquei.

Vânia Magalhães
Enviado por Vânia Magalhães em 12/06/2014
Reeditado em 23/02/2017
Código do texto: T4841999
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