Labirinto
Por tempos andei me perdendo
Procurando uma saída ou entrada.
Muitos caminhos percorri
Outros não adentrei
Tantas vezes me perdi
Nenhuma saída encontrei.
O relógio não parava
As passagens se fechavam
As esperanças sufocadas, ali ficavam
Em meio ao nada.
Aos poucos, fui caindo
Vencida pelo cansaço
De tentar
E, consecutivamente, falhar.
O vácuo então respondia ao meu grito
Ecoava ... chamava ...
E, já desvozeada, restava-me o silêncio
Aquele que não se vê
Não fala
Não ouve.
Com quem aprendi a conviver!
O invisível figurava-se
Falava quando as palavras se esgotavam
Ouvia quando o barulho se calava.
A saída jamais encontrei
Mas, sozinha não mais fiquei.