CANÇÃO DO EREMITA
Está alí cantando o ermitão,
solitário, na margem do rio,
entristecendo a noite no sertão,
o vento acompanha com assobio.
Soando tão triste a sua canção
e como o canto de uma cotovia,
as notas tristes de seu violão
dão vida aos versos da poesia.
Já está surgindo a escuridão
mas tem uma luz que ilumina,
a chama fraca de um lampião,
que mais parece uma lamparina.
Esses sons invadem o sertão
com sua voz tão delirante,
vai mergulhando na solidão,
pela floresta verdejante.
Está pegando lenha para o fogão
em silêncio já parou de cantar,
agora, com a enxada na mão,
olha águas que vão para o mar.
Já entrou no humilde barracão
fica olhando a lenha que crepita,
seu mundo, do tamanho do coração,
esse mundo solitário, do eremita.
Está alí cantando o ermitão,
solitário, na margem do rio,
entristecendo a noite no sertão,
o vento acompanha com assobio.
Soando tão triste a sua canção
e como o canto de uma cotovia,
as notas tristes de seu violão
dão vida aos versos da poesia.
Já está surgindo a escuridão
mas tem uma luz que ilumina,
a chama fraca de um lampião,
que mais parece uma lamparina.
Esses sons invadem o sertão
com sua voz tão delirante,
vai mergulhando na solidão,
pela floresta verdejante.
Está pegando lenha para o fogão
em silêncio já parou de cantar,
agora, com a enxada na mão,
olha águas que vão para o mar.
Já entrou no humilde barracão
fica olhando a lenha que crepita,
seu mundo, do tamanho do coração,
esse mundo solitário, do eremita.