FETICHE DA ILUSÃO

Amor era a flor tão bela

Germinava tão pulsante ao peito

Mas da ferida, eis a seqüela

Na desgraça do maldito conceito

No calor que me acalorava,

Dias de minha intensa melancolia,

Essa doença se apaziguava,

E eu pobre assim sempre me iludia

E pelas noites igual cachorro,

Subtrai na escuridão dela o aroma,

Na paixão sem cura o socorro,

Da sombra que meu perfil assoma!

Nos lábios róseos um frenesi,

Poderia eu morrer sem ter aquilo?

Mas morto sou e sequer morri

Ao ouvir da desilusão um suspiro!

Pois bem, então eu lhe sorrio,

Da desgraça de viver com a solidão,

Na preguiça como o ser fastio

Ranco-te de dentro maldito coração

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 29/05/2014
Código do texto: T4824772
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