CINZAS

Cinzas, que ainda contém fumaça

e sinal de que a lembrança não passa

sinal de que a ferida não fechou...

Esse sentimento mudo que não fala

mas que sempre o meu sonho embala

profundamente, minha vida marcou.

Cinzas que o tempo nunca apaga

que não mata, mas tortura e esmaga

vai até as raizes do sentimento...

Cinzas que parece me ter valentia

que espalha a todo tempo agonia

e vai alimentando esse sofrimento.

Procurei refúgio dentro de um bar

mas ao ouvir ao longe um cão uivar

reavivou a minha recordação...

O triste som quase me arrebenta

e transforma tudo numa tormenta

fere até os limites do coração...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 10/05/2007
Reeditado em 28/03/2009
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