Solidão
Por Carlos Sena
Do que me sobra, se nem toda sobra é resto?
Do que me cobra, se nem toda cobrança se faz jus?
Do que me intimidadas, se da timidez não sou algoz?
Do que me falas, se o que me cala se perde em nós?
Por que me afagas se de mágoas já me encheste o ego?
Por que queres me acender se meu apagão não tem remédio?
Por que chegas sorrateiro ao quarto se me parto,
se já não há quarto
se já não há fato
exceto o fardo que sua presença deixa?
Por Carlos Sena
Do que me sobra, se nem toda sobra é resto?
Do que me cobra, se nem toda cobrança se faz jus?
Do que me intimidadas, se da timidez não sou algoz?
Do que me falas, se o que me cala se perde em nós?
Por que me afagas se de mágoas já me encheste o ego?
Por que queres me acender se meu apagão não tem remédio?
Por que chegas sorrateiro ao quarto se me parto,
se já não há quarto
se já não há fato
exceto o fardo que sua presença deixa?