UM MUNDO NAS MÃOS
Quando era fácil escrever ele escreveu
Parágrafos, sentenças, capítulos.
Quando era triste pensar ele esqueceu
Da dor...
Da saudade...
Da traição
Esqueceu!
Quando era conveniente insistir ele não partiu
Repetiu a exaustão seus motivos
Urrou na lua cheia feito lobo
Quando era preciso ajudar ele hesitou...
Tanto a perder...
Tanto a deixar...
Tanto de tudo...
Morreu só...
Celular cheio de mensagens na caixa de entrada
As curtidas no face book não ajudaram
Nem os comentários espirituosos
Morreu só
Tinha o mundo na mão
E um quarto repleto de solidão.