Um Aperto na Pele ( fazer chorar pedras-coração )

Tenho em mãos o punho descerrado e mortiço canto

Choro consigo como irmão sem nossa mãe perdida

Abro os braços desejando o apoio das nuvens fúteis

Meu peito em seio deslocado emociona ao vento riste

Muita de nossa gente padece desse amôr corrente

E parte de meus braços de pele macia entorpecem

Desejo aos meus irmãos a consorte felicidade amarga

Outros que nem eu fartam-se da ilustre poesia do ser

Um Sol distante e injusto cede ao meu encanto o ardor

Tenho em si o medo por nós deixado ao relento santo!

E te quero amado, debruçado ao colo gentil, querido

Tentando ao fadado encanto uma prosa delirante...

Sou de sua terra a planta carente descuidada semente

Demais amiga de sua alma emparedada ao muro vento

Sou a tua coragem de não ceder ao mundo marginal

Juíza de sua condoída vida de quem amou desertos!

Somos única odisséia deste mundo vasto e descrédulo

Amantes do tempo em que ruínas eram nossos quartos

No futuro estaremos mortos mas garanto imortalidade

De ser a senhora vil de um dono de pérfidas terras...

Não te quero mal e nem afrontas mesmo que feiticeira

De ti o céu e a mim os jardins de amores tão perfeitos

Entrego-te as mãos abertas, tolhidas, tão sofridas...

Peço-te ajuda no acento vagaroso chamado Terra!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 11/05/2014
Código do texto: T4803128
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