sobre as flores e os espinhos...

lamento demais os espinhos tantos meus...

sangrei! ... mas vestí-os!

... para sair pela vida.

não foi bem assim que planejei eu.

e os sonhos meus?

outrora... eram todos flores!

e os espinhos necessários... fiz nascê-los!

machucam tão sem querer os poucos amores meus...

mas também tenho eu um vestido de flores...!

das poucas... que eu colhi... por aí!

fiz render... adubei... multipliquei-as como eu pude!

em rendas macias...

que rendo-as eu à apenas amores meus.

e ainda arranco-as do meu vestido flores...

aquele! ... onde eu teci renda das dores! ... flores!

e espalho eu pelo chão árido...

a própria vida é tão árida...

ao passarem por mim os amores meus.

ando a podar os espinhos alguns.

mas não podem ser todos!

a vida árida continua sob os meus pés.

e eu?

... caminho... caminho.

karla mello

10 de Maio de 2014

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 09/05/2014
Código do texto: T4800822
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