FUGAS BAR

Cheguei no Bob as três da manhã.

Vi tantos gatos pelos cantos,

(Coisa de endoidecer.)

Um couro de cobra pendurado

Junto ao sol, nenhuma mina

De água fresca por perto.

(Cheiro de podridão.)

Troquei o óleo do opala,

Comi um guisado de frango,

(O que podia fazer?)

A estrada de poeira me chamava.

Quatro canecos de cerveja no chão,

(Meu Deus).

Tantos buracos nas paredes

E uma mulher da Pirelli

Pedia meu silencio,

(que prazer).

Com medo de sua alma

Nunca mais voltar,

(Quanta idiotice sem luz)

Um corpo inerte em minha cama

Que chamava chamava por ela

e ela só fazia sorrir de mim,

(azar o meu).