O Corvo
O Corvo
Caindo do infinito para algum lugar,
Repousando em gélidas águas calmas.
Onde está o meu coração reprimido?
Um exílio para o que perdeu as asas.
As estrelas reluzem forte nos olhos,
E eu tenho imensa saudade de casa.
Acompanhar o sincronismo dos voos,
Dos outros corvos que buscam o lar.
Mas eu...
Nesta selvageria que sou indomável,
Eu pereço contendo um grito atado.
E pensando em deixar-me ser salvo,
Que cuidado teria quem for me tomar?
Preciso de forças até na minha alma
Ou restarei aqui até o sol me queimar.
Nesta hora estou envolto de escuridão
E espero que ainda me haja salvação.
Victor Cartier