O Corvo

O Corvo

Caindo do infinito para algum lugar,

Repousando em gélidas águas calmas.

Onde está o meu coração reprimido?

Um exílio para o que perdeu as asas.

As estrelas reluzem forte nos olhos,

E eu tenho imensa saudade de casa.

Acompanhar o sincronismo dos voos,

Dos outros corvos que buscam o lar.

Mas eu...

Nesta selvageria que sou indomável,

Eu pereço contendo um grito atado.

E pensando em deixar-me ser salvo,

Que cuidado teria quem for me tomar?

Preciso de forças até na minha alma

Ou restarei aqui até o sol me queimar.

Nesta hora estou envolto de escuridão

E espero que ainda me haja salvação.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 06/05/2014
Código do texto: T4796510
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