SAMPA DE OUTRORA
Guria, sei que nossas saudades foram muitas,
Da Rua Estados Unidos até a Rua Martins fontes,
Foi por deveras tempos maravilhosos,
Onde nossas vidas eram formadas de esperanças.
Tinha vontade de vencer, correr, rodopiar ao vento,
Manhãs sortidas com visuais góticos e astuta,
Remonta a paisagem áspera e bela da Rua Augusta.
Onde as lojas, os teatros e os cinemas tinham vez,
De noite as boates, bares e similares tinham sorrisos.
A brisa sempre anunciava um lindo passeio no Ibirapuera,
Onde os farofeiros de outrora faziam suas festas.
Sabe Guria, como é bom relembrar esse tempo,
Não tinha pensamento político, pois tinha segurança,
Nas férias, o desejo era só visitar nossa terra natal.
A gente levava alegria, porque sampa era cantada em versos.
Versos esses que os novos baianos esmerilhavam.
Também curtia-se vanerão, xote, fandango e Teixeirinha,
São tantas recordações que é melhor falar tete a tete....