Lágrimas profundas

Mais uma vez o sol se foi.

A luz que jazia na tarde melancólica

Nunca mais, brilho mostrarás.

A escuridão reina com seu sublime fel.

Ouço os gemidos do amor silencioso,

Voz que cessou no último olhar.

Olhos secos, palavras que foram.

Vi o coração vazio, sugado pelo vácuo da solidão.

Sou o vampiro no mais obscuro conto

A sugar sua presa diante de tamanho prantos.

Meu prazer...

Mas em meio a lápides de mármore com

Minha alma que respira ofegante.

Lágrimas de sangue que olhos não mostram

Vem à descer sobre a face.

No chão, vejo minhas lágrimas profunda

Raimundo Souza
Enviado por Raimundo Souza em 19/04/2014
Reeditado em 26/01/2021
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