Era só mais uma vez
Era uma vez uma mentira afável que soube repetir
É a vida, a morte
O medo de esquecer tudo e voltar ao princípio do nada
Tão suave como qualquer dose embriagada de lucidez
Pusemos a caminhar pela mágoa que desagua todo torpor
Talvez agora eu tenha me dado conta
As manhãs que perdi, preferindo ficar na cama, deixando pra lá o sol que brilhava...
Horas que não voltam mais, momentos que apenas se dissiparam
Como a saudade no coração do mais nobre dos homens
Era uma vez alguém que sonhava demais
Ignorava problemas, dores, não se abalava com a face do abismo, que sorria
Esse 'alguém' só encontrei uma vez.