Elucubrações solitárias
Uma violeta: É quase uma tentação pintá-la.
Ou seria uma necessidade?
Como artista, eu teria que saber disso.
À noite as flores murcham?
Os casais esquentam...
A neblina sobe, mas só de manhã, agora não.
Uma doçura na voz...
Seria minha avó?
Não, minha avó está morta.
Leve como um dedo sobre o teclado,
a mão desliza no piano.
Num desafogo do anoitecer, um hiato do respirar.
A vida passa ao largo,
enquanto estrelas cintilam
no corredor do céu da minha solidão...