Menino
Pousa sobre a mão
o retrato
abstrato
do ódio que leva
e enleva,
menino recato
que esbofeteia
o sim e diz não.
O coração
transfigura
a figura
da paz
que adormece,
esquece
menino a intriga
dessa oração.
Perde-se na lassidão
do tempo
o intento
já sem sentido,
entorpecido
menino infenso
que vagueia
o cansaço da solidão!
Valdir Merege Rodrigues
Pinhalão - Paraná