Menino

Pousa sobre a mão

o retrato

abstrato

do ódio que leva

e enleva,

menino recato

que esbofeteia

o sim e diz não.

O coração

transfigura

a figura

da paz

que adormece,

esquece

menino a intriga

dessa oração.

Perde-se na lassidão

do tempo

o intento

já sem sentido,

entorpecido

menino infenso

que vagueia

o cansaço da solidão!

Valdir Merege Rodrigues

Pinhalão - Paraná

Valdir Merege
Enviado por Valdir Merege em 17/04/2014
Reeditado em 18/04/2014
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