AMOR PROIBIDO
Ah! Minh’amada, como pesa isso tudo,
Essa saudade é tanta que não tenho como somar,
E por ser muita já não cabe no sofrido coração,
Algumas de tão tristes resolvem escorrer pelo canto dos olhos_
Não ignore esse meu olhar encharcado de lamentações,
Ele se encontra assim devido a ausência do teu...
Agora eu sei o quanto a solidão é mais prazerosa
Do que a vontade de querer ver o teu rosto,
A tua face que de tanto imaginar já não lembro mais...
Melhor assim_ talvez esse sofrimento passe,
E a morte tarde em querer me visitar nesses dias_
Dias melancólicos e recheados de imenso vazio...
Pudesse eu juntar tanto sofrer dentro do esquecimento!
Tento, em vão, ele me traz essas muitas lembranças,
É como se eu abrisse outra caixa de Pandora,
Deixando escapar outros tantos sofrimentos existentes...
Foge de mim, ó mulher, pra bem longe_ tenha piedade,
A minh’alma já não agüenta ser lanhada severamente...
Quieto eu me encontrava quando surgiste no presente_
Melhor seria pra nós ambos se não houvesse o passado,
Assim não teria como nos ter tido abraçado um ao outro,
O hoje nos judia para lembrarmos que não há esquecimento,
Existe para zombar dessa nossa realidade que nos proíbe_
Maldita seja essa proibição que nos faz sofrer sem trégua...