AMOR PROIBIDO

Ah! Minh’amada, como pesa isso tudo,

Essa saudade é tanta que não tenho como somar,

E por ser muita já não cabe no sofrido coração,

Algumas de tão tristes resolvem escorrer pelo canto dos olhos_

Não ignore esse meu olhar encharcado de lamentações,

Ele se encontra assim devido a ausência do teu...

Agora eu sei o quanto a solidão é mais prazerosa

Do que a vontade de querer ver o teu rosto,

A tua face que de tanto imaginar já não lembro mais...

Melhor assim_ talvez esse sofrimento passe,

E a morte tarde em querer me visitar nesses dias_

Dias melancólicos e recheados de imenso vazio...

Pudesse eu juntar tanto sofrer dentro do esquecimento!

Tento, em vão, ele me traz essas muitas lembranças,

É como se eu abrisse outra caixa de Pandora,

Deixando escapar outros tantos sofrimentos existentes...

Foge de mim, ó mulher, pra bem longe_ tenha piedade,

A minh’alma já não agüenta ser lanhada severamente...

Quieto eu me encontrava quando surgiste no presente_

Melhor seria pra nós ambos se não houvesse o passado,

Assim não teria como nos ter tido abraçado um ao outro,

O hoje nos judia para lembrarmos que não há esquecimento,

Existe para zombar dessa nossa realidade que nos proíbe_

Maldita seja essa proibição que nos faz sofrer sem trégua...

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 14/04/2014
Código do texto: T4768234
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