Lágrima de Gelo
Derramada numa superfície fria
Frio que devastara o mínimo calor
Era pele congelada pelo que sofria
Uma agonia extrema, propício de dor
O vento refrigerado pelo tempo
A estação seguia em eterna solidão
Era um ser humano em sofrimento
Imerso lágrimas frias e perdição
Nada florescia naqueles dias
O Sol era somente uma recordação antiga,
Embora a luz turva tentasse aquecer o dia,
A noite era uma coberta inimiga
Os meses correm e tudo permanece igual,
Árvores mortas davam figuração ao local
Frio eterno em um corpo corrompido
Seco de medo, perdido, intenso e atemporal
Ao soar esperança expressa em olhares vivos
A luz visitara depois de muito tempo, singelos,
Umedecidos olhos, para o calor que levara o frio
O novo amanhecer chegara,
Levando lágrimas de gelo, para um novo,
Desconhecido destino...