Lágrima de Gelo

Derramada numa superfície fria

Frio que devastara o mínimo calor

Era pele congelada pelo que sofria

Uma agonia extrema, propício de dor

O vento refrigerado pelo tempo

A estação seguia em eterna solidão

Era um ser humano em sofrimento

Imerso lágrimas frias e perdição

Nada florescia naqueles dias

O Sol era somente uma recordação antiga,

Embora a luz turva tentasse aquecer o dia,

A noite era uma coberta inimiga

Os meses correm e tudo permanece igual,

Árvores mortas davam figuração ao local

Frio eterno em um corpo corrompido

Seco de medo, perdido, intenso e atemporal

Ao soar esperança expressa em olhares vivos

A luz visitara depois de muito tempo, singelos,

Umedecidos olhos, para o calor que levara o frio

O novo amanhecer chegara,

Levando lágrimas de gelo, para um novo,

Desconhecido destino...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 13/04/2014
Reeditado em 13/04/2014
Código do texto: T4767916
Classificação de conteúdo: seguro