INCOMPREENDIDA

Tragada pelo mundo

Caminho sem um rastro.

O meu sorriso casto

Há muito ele roubou...

Já nem mais sei que sou...

O que que eu faço, sigo

A questionar... E vou

Falando à sós comigo...

Lutando contra o tempo

Sorvendo o fel amargo

Sem paz, sem um momento

Liberta deste encargo...

Gemendo à chibatada

Da incompreensão...

Sofrendo a dor velada...

Morrendo à exaustão...

Olhando para o chão...

Vivendo em servidão...

Sonhando a contramão...

Tecendo a ilusão...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 13/04/2014
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