A ESMO
Tal qual um barco
À deriva, longe, além...
Sinto-me sem remos
Sozinho, também.
Sem ninguém a bordo
Numa viagem a esmo,
Dormindo acordado
Navego assim mesmo.
Barco não tripulado,
Mar sem mar, vazio.
Mar que não deságua
E é só mágoa no estio.
Onde meu porto seguro,
Meu cais de chegada?
Sozinho, o dia claro é escuro
E mais nada.