Quebranto

A noite cai pesada em seu assombro...

Esforço-me, para dobrar o dia...

As horas voam loucas, arredias...

A mãos desesperadas lançam o anzol

Esmolam inutilmente fique o sol

Mas foi a branca lua que surgiu...

Vá-la, já mudo o ar, rezo o poema

noturno, sugerido ao vil desdém

do giro do planeta ao deus dará...

Quem dera essa aventura, ter-te aqui

Jogar conversa fora, noite adentro...

Nem tanto, horripilante, esse momento...

Mas vento, esse vazio, essa tristeza

Roubando a cena, que geri tão bela,

À lua, emoldurada na janela..

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 01/04/2014
Reeditado em 01/04/2014
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