Quebranto
A noite cai pesada em seu assombro...
Esforço-me, para dobrar o dia...
As horas voam loucas, arredias...
A mãos desesperadas lançam o anzol
Esmolam inutilmente fique o sol
Mas foi a branca lua que surgiu...
Vá-la, já mudo o ar, rezo o poema
noturno, sugerido ao vil desdém
do giro do planeta ao deus dará...
Quem dera essa aventura, ter-te aqui
Jogar conversa fora, noite adentro...
Nem tanto, horripilante, esse momento...
Mas vento, esse vazio, essa tristeza
Roubando a cena, que geri tão bela,
À lua, emoldurada na janela..