As casinhas
Casinhas longínquas,
perdidas no mundo
de uma solidão necessária.
Nem vozes, nem ordens atrozes
de patrões vorazes,
mas eternas em berços barranqueiros
nesse São Francisco calmo.
Casinhas silenciosas
que ainda guardam carrancas
solitárias em curvas fluviais
Ainda que esquecidas.
Ainda que alienadas.
Estão vivas, balbuciando
como seio de criança na hora de dormir
Casinhas!
Onde o vento do tempo
entra pela porta da sala
e sai pela janela a cozinha,
para descer rio afora,
sem jamais importunar
a doce solidão do barranqueiro.