HORAS ABSURDAS


Oras absorta ao céu
teu absurdo manto azul
a face oculta.
Horas de silêncio
deslizam vãos e véus.
Sonhos e refluxo
eras e horas
oras entre heras...
Teu absurdo manto verde
pompa e festa.
O grito adormecido, tua boca
era ora a espera, ora o abandono.
Visões e reflexo do Universo
em absurdos olhos azuis silentes.
Horas absurdas da manhã
teu café com leite
jornal do dia
e pão com manteiga.