Poesia – A lágrima rolou...
A lágrima caiu...rolou pela face corada da moça
Como se fosse uma grande cascata de cachoeira
Inundou seu rosto moreno rosado
Alcançou seus lábios rubros como sangue
Alcançou sua boca o sabor salgado
Da lágrima que constante rolou...
Pobre virgem das matas
Perdeu seu amor nas batalhas
Guerreiro valente das vertentes
Cavaleiro sedento de amores
Que saciou aqueles mesmos lábios vermelhos
Que de amor se entregou a ele
Sem mágoas, maldade ou rancor
E no fim desfaleceu nos braços da mata
Não encontrando alento em outros braços
Acabou enlouquecendo por amor
Foi -se entregando às torturas em laços
Deixou-se cair das alturas daquele véu de noiva
Cascatas mágicas da cachoeira intrépida
Que ouvira o seu lamento noites afora
Abraçaram num afoite o seu corpo
Que boiava sobre as brancas espumas
Ao som das matas farfalhantes
Que pendiam seus galhos ao ver os longos cabelos da jovem sereia
Que boiava sem vida como um grão de areia
Que vai de encontro às ondas do mar
Envolvidas em seu doce marolar
Como uma triste canção de ninar.
Autora: Margareth Rafael
A poetisa de alma branca