TEMPORAL
Estou rodando no nada
Indo não sei para onde
Embaixo da chuvarada
Que minha visão esconde
Sou vítima da tempestade
Que o destino arquitetou
Mesmo sem fazer maldade
Um quinhão me sobrou
E agora, o que faço
Se já nem rezar sei
Sem as lágrimas secarem?
Vou implorar por um farol
Ou mesmo, em último caso,
Uma nesga de sol.