TEMPORAL

 

 

Estou rodando no nada

Indo não sei para onde

Embaixo da chuvarada

Que minha visão esconde

 

Sou vítima da tempestade

Que o destino arquitetou

Mesmo sem fazer maldade

Um quinhão me sobrou

 

E agora, o que faço

Se já nem rezar sei

Sem as lágrimas secarem?

 

Vou implorar por um farol

Ou mesmo, em último caso,

Uma nesga de sol.


 

MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 14/02/2014
Código do texto: T4690493
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