Órfãos...
Então me abraças...
E o encontro dos nossos medos
É algo como flutuarmos juntos:
Sem chão,
Sem teto,
Sem mãe.
Nós... os dois....
Numa orfandade de vida.
Quase incólumes...
Apenas e só
No instante do abraço.
Andamos mesmo, ultimamente,
A marcar desencontros com as palavras.
E o ato...
Consiste numa delicadeza sem fim.
Karla Mello
11 de Fevereiro de 2014
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